Denison Rafael

Denison Rafael
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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

FATO INTERESSANTE


Imagem retirada de: www.fflch.usp.br

Como podemos analisar nossas próprias vidas se poderemos ser ainda mais subjetivos do que se formos analisar uma outra coisa? As pessoas ficam querendo buscar respostas onde não há ou, pelo menos, não se quer ter. Às vezes basta acreditar em algo ou em alguém sem muito questioná-lo. [Será?]
Para quê estudar? Trabalhar? Sorrir? Pensar? Crê? Comprar? Se perfumar? Ter amigos? Etc....
Esses são alguns questionamentos que às vezes me faço sem obter de forma “racional” nenhuma resposta. No mais, obtive apenas algumas tentativas ou esboços de respostas frustradas formada por algumas pessoas que assim procederam.
Por que temos que seguir as regras? Ter rotina?...Dormir, acordar, tomar banho, escovar os dentes, ir a aula, trabalho, rua, buscar conhecimento, dinheiro, etc.? [Isto é realidade de muitos, mas não de todos]
Na segunda-feira tive que quebrar a rotina e as próprias regras para entrar em outra. Precedido por um final de semana conturbado com muitas leituras dos textos da universidade e ensaio da peça teatral. (entre outros)
No dia referido, fui ao trabalho para onde vendo minha força de trabalho em troca de um “objeto simbólico” que consensualmente se agrega algum valor universalmente aceito e, portanto, legitimado por todos. Em outras palavras, em troca de um salário.(dinheiro, din-din, money, bunfunfa, cascalho, etc.!!!) [hehehehehe]
À tarde como aproveitei para estudar incessante e ininterruptamente das 14h às 19h para uma prova na qual, até então, não tinha lido todos os textos. Dessa forma, não fui à aula do primeiro horário para poder absolver todas aquelas informações.
Quando o relógio ecoou as 19h05mim fui tomar meu banho para ir a aula fazer meu “teste de conhecimento absolvido” (prova). Entretanto, quando cheguei ao local de “abate” o “detentor do saber” não ia dar a aula em 100% de sua essência por conta de uma aula de se intitularam da “saudade”.

Mas o que quero dizer com essa breve história?

Quero demonstrar que muitas vezes a quebra da rotina é o enquadramento numa nova regra. Troquei um estudo dirigido por um “ser” detentor de todo conhecimento por mim mesmo, um “mero mortal”. Outro ponto interessante é que o tempo que perdi lendo, eu ganhei na agregação de conhecimento nesta mente sã.
Percebi que o conhecimento é universal. Ele está à disposição de todos aqueles que querem alcançá-lo e que tem todos os recursos possíveis para isso. [Nem sempre!]
Acredito que o conhecimento já existe em essência e em totalidade neste cosmo, mas ainda não foi desvendado.
Somos seres que ainda tem limitações e “sempre” teremos. Em outras palavras, pela nossa incapacidade intelectual de abstração “nunca” chegaremos a ele, mesmo por que o conhecimento total, acredito ser somente do criador.

5 comentários:

Anônimo disse...

Olá amigo!
como sempre adorei sua criatividade para escolher e escrever sobre este assunto.
achei super legal a parte que vc define dinheiro e também tenho as mesmas dúvidas quanto a necessidade que temos de estar sempre fazendo algo ou buscando algo para fazer.
Esse círculo vicioso da vida em sociedade é uma incognita pra mim assim como é para você.
beijos e até a próxima.
cleidionice

KarinaK disse...

eeeeee
infelizmente msm que nos recusemos, acabamos seguindo regras... ou em casa, ou no trabalho, ou na facul, e até da sociedade como um todo...
e rotina... hum... pra que ter rotina?
msm que sempre eu siga uma rotina, e de repente eu decida mudar, justamente "para sair da rotina", é questão de tempo até esse "novo" caminho virar rotina tbm... ah! e como vc mencionou em seu texto, existem coisas das quais não podemos fugir: dormir, comer, tomar banho... essas são coisas que influenciam DIRETAMENTE em nossa saúde, por isso PRECISAMOS fazê-las...

bem, é mais ou menos o que eu keria colocar...
Bom texto!

Anônimo disse...

Adorei, o seu texto.
Confesso q estou me sentindo estranha, acho q não sou normal, pq não tenho mais esses questionamentos.Pois que em algum tempo da minha vida já quis me revoltar com a minha rotina e percebi que tinha era que agradecer, afinal eu tinha e tenho uma rotina, e aqueles que nem tem.

Ha, não sei o que falar do seu texto, está muito legal.

P.S minha mãe é que vai adorar esses questionamentos. Ela acha ter uma certa afinidade com vc.

Beijão

Anônimo disse...

''Às vezes basta acreditar em algo ou em alguém sem muito questioná-lo.'' ô se fosse fácil assim!

em relação à rotina, acredito que é necessário que a tenhamos senão vira tudo uma bagunça...heheh

xêro menino

p.s:suspeitei desde o principio que você é daqueles cdf's que a-do-ram comentar sobre a prova ¬¬'

Unknown disse...

Às vezes chego a fazer os mesmos questionamentos que você apontou...
Mais de qualquer forma todas essas indagações mostram que somos “presos” as regras impostas pela sociedade.
Sempre temos obrigações a cumprir, sendo que também somos “privilegiados” com alguns direitos.
Engraçado... tudo isso me fez lembrar dos aspectos que giram em torno do contrato social... O que seria da humanidade se não existissem as regras?
No entanto não devemos esquecer do seguinte princípio: nada é 100%, nada é pronto e acabado... Por isso que as regras não são seguidas totalmente. Sempre existirá “uma quebra de paradigmas”. Esse mesmo princípio vale para o conhecimento...
Vc argumentou muito bem seu discurso e me fez lembrar de outras questões: “o desejo resulta ou não da escolha?”. “Até que ponto sofremos determinações?”. “Até em que momento temos liberdade para escolher os caminhos que realmente devemos seguir?”.